domingo, 29 de abril de 2007

Domingo

Hoje é Domingo. Surge no dicionário como sendo um substantivo masculino; dia da semana, imediatamente posterior ao sábado, em regra destinado ao descanso e, entre os católicos e outros cristãos, ao culto religioso.
É verdade que em muitos dias da semana me apetece descansar e dormir até tarde, assim como faço ao domingo, ao domingo e também à terça, quarta, sexta e sábado, mas ao domingo sabe melhor.
Lembro-me que antes os domingos eram diferentes, a família juntava-se, como é normal, mas aqui isso já não acontece. Só muito raramente. E fico triste por isso.
Em vez disso, tou ainda deitada, a ver os filmes que já passaram x vezes na televisão. Às vezes esta melancolia sabe bem até, mas hoje está a ser amarga, e por isso, vou pegar no meu afilhado e vamos visitar uma tia. É mesmo isso. Ela veio de França, deve ter chocolates, sempre vai dar para adocicar este fim de tarde de domingo.

sábado, 28 de abril de 2007

O Pequeno Príncipe


(...)
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incómodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua ideia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? Perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (excepto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
(...)
Façam um favor a vós próprios e leiam "O Principezinho".

Mãe



Acabei de receber a newsletter da Fnac que, subordinada ao Dia da Mãe, apresenta diversas sugestões para presentes.
Deduzo que, tal como eu, vocês consideram a vossa Mãe a melhor de todas. Pois é, a nossa Mãe é aquela pessoa que está lá sempre prontinha para nos aconchegar. É ela quem mais sofre e luta para nos ver de bem com o mundo. Salvo excepções (que infelizmente são cada vez mais, mas essas não merecem os filhos nem ser chamadas de Mãe), todas as Mães são as melhores do Mundo, e para vós, os parabéns por assim serem.
"Dá um beijinho à Mãe, és tão má para mim".Centenas de beijos, love you.

Queima das Fitas :-)


Queima, queima, queima, QUEIMAAAA!!! Que este ano seja melhor que o ano passado, se for igual não tem mal. Entre barracas, copos, gente pouco sobria e claro, muita animação, se vive a melhor tradição académica.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Love show


É tão bonita. E nós que trocamos amor todos os dias...

É complicado, é complicado...


Um apresentador tem um ataque de riso num programa em directo devido à voz "grosseira" do entrevistado.Digam lá se vocês se continham...

All Good Things


Porque todas as coisas boas chegam ao fim... Se nós deixarmos. *

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A criança que não queria falar


Desde a sua publicação em 1980, "A criança que não queria falar" alcançou a proeza de ser bestseller em vários países. O motivo poderá ser explicado pelo facto de ser uma história baseada num caso verídico, o de Sheila, uma criança de seis anos, abandonada pela mãe e vítima de graves abusos, que pelas circunstâncias da vida, deixou de falar e de estabelecer qualquer forma de comunicação com o mundo. Inserida numa turma de crianças com deficiências mentais graves, ninguém acredita na sua recuperação, à excepção da sua professora Torey, que empreende uma jornada de esperança e coragem, libertando a pequena menina do seu longo silêncio. Um livro de emoções intensas, que se pode classificar como um caso de grande humanidade, transmitindo a capacidade que há em cada um de nós de superar obstáculos. Um livro que cativa desde a primeira página e dá vontade de lê-lo todinho numa vez só.

Novos Talentos Fnac


Prémio Fnac Fotografia 2007
A Fnac está mais uma vez a lançar novos talentos, desta vez na categoria fotográfica. O tema fica ao critério dos participantes. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis online.

FNAC - Dia Mundial do Livro


O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge.
Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.
A Fnac fez uma selecção de livros e dia 23 deste mês vão estar à venda com 20% de desconto, sempre dá para poupar uns trocos e ter mais uma boa companhia à cabeceira.


O Prémio de Jornalismo pela Tolerância do ACIME- Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas- regressa este ano para premiar os melhores trabalhos jornalisticos de 2006 que tenham abordado o tema da Imigração e das Minorias Étnicas e promovido a Tolerância.
A edição 2006 do Prémio apresenta este ano uma nova modalidade. As peças a concurso não se recolheram através de candidaturas dos jornalistas, mas sim através de nomeação do júri. Durante o ano de 2006 foram monotorizados os trabalhos de TV, Rádio e Imprensa, tendo o júri seleccionado as melhores peças de cada categoria para irem a concurso.
Serão atribuidos 4 prémios- Um por categoria, e um Grande Premio para o melhor trabalho de entre todas as categorias.
Votem aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Amarante


Esta é a minha terra. Pequenina, aconchegante, bonita...mais que bonita, muito mais que isso. Terra do bom vinho e maravilhosos doces conventuais. Terra do poeta e prosador Amadeo de Sousa Cardoso e do pintor Teixeira de Pascoaes. Não deixem de visitar Amarante, a minha linda terra.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Fado do encontro


Arrepiante. Lindo. Gosto mesmo muito... :)*

Campeões!!


Pois parece que mais uma vez vamos ser Campeões. Líderes isolados caminhando rumo ao título.

Bebé


Como eu gosto de gostar de ti...